domingo, 25 de março de 2012

Epilepsia: saindo da sombra


A deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) propôs que as resoluções da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) sobre epilepsia sejam transformadas em cartilha orientadora das políticas públicas no Brasil no tocante a doença que atinge 2% da população nacional. Nada menos do que 274 casos surgem diariamente, mas levantamentos não-oficiais apontam que menos de 80% dos portadores estão em tratamento. A epilepsia é um transtorno neurológico crônico que afeta 50 milhões de pessoas no mundo, das quais 5 milhões nas Américas.

A proposta da parlamentar foi feita no último final de semana durante o X Encontro Nacional da Federação Brasileira de Associações de Pessoas com Epilepsia (Epibrasil), no Centro Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), reunindo médicos especialistas, gestores e representantes da sociedade civil envolvidos com a questão.

Na ocasião, o doutor Li Li Min, representante da Task Force no Brasil informou que o País e signatário da Resolução 51º do Conselho Diretor da 63º sessão do Comitê Regional da OPAS, realizado em Washington, nos Estados Unidos, em setembro do ano passado, definindo estratégias e planos de ação sobre a epilepsia. A resolução visa sobretudo fortalecer a resposta integrada do setor da saúde através da execução de programas de atenção às pessoas com epilepsia de forma sistemática e ao longo da vida, abrangendo medidas de prevenção, tratamento e reabilitação. Ou seja, como política pública nacional.

Riscos

Li Li Min alertou que o não-tratamento do portador de epilepsia tem como conseqüência um alto risco de morte súbita, além do descontrole dos ciclos de crise.

A proposta da OPAS/OMS (Organização Mundial da Saúde) abrange o período até 2021 mas, segundo o especialista, “para ser viável é preciso vontade e interesse político”. A resolução estabelece quatro eixos estratégicos. Estes incluem programas e legislação de atenção e proteção aos portadores no âmbito dos direitos humanos. O documento reconhece a estigmatização que cerca as pessoas com a doença, ao dizer textualmente que esta representa “um obstáculo para exercício de seus direitos humanos e de cidadania”.

Outros eixos da resolução são: a rede de serviço de saúde, com ênfase na atenção básica e prevenção; a educação e conscientização da população; a inclusão das pessoas com epilepsia e o fortalecimento da capacitação e das práticas para o diagnóstico e tratamento, em especial, das pesquisas.

Para Li Li Min a doença deve ser uma prioridade nas políticas nacional e local de saúde. Ele lembrou que o Brasil se manifestou favorável a tais deliberações e se comprometeu a implementá-las. O especialista terminou sua palestra com a frase: “É preciso que a epilepsia saia das sombras, da invisibilidade”.

Projeto

Autora do Projeto de Lei 2240/2011 que institui o Programa Nacional de Atenção à Saúde de Pessoas com Epilepsia, a deputada Jô Moraes levou ao evento um documento com as principais resoluções, notas técnicas e informativas do Ministério da Saúde sobre a epilepsia, além das unidades hospitalares em todo o Brasil com setores destinados ao atendimento dos portadores da doença e uma cópia da sua proposição. Isso, a partir de reuniões e encontros havidos na pasta. Ela estranhou o fato de a pasta não listar a decisão da OPAS, do qual o País é signatário, nos documentos.

Jô ressaltou a importância de o Brasil vencer o desafio de encarar a doença, tirar seus portadores da sombra, tratá-los e inseri-los no mercado de trabalho, na sociedade com todos os direitos e deveres de um cidadão. “Nosso desafio é quebrar o preconceito que afeta a dignidade de seus portadores”, afirmou. Ela destacou ainda que hoje a ação neste campo “é pontual e reduzida, não existindo uma política pública voltada aos portadores desde a atenção básica até a atuação tecnológica, onde se destacam cirurgias e tratamento com fármacos de última geração”.

A parlamentar também propôs a divulgação maciça da decisão da OPAS da qual o Brasil é signatário “como forma de pressão para que ela seja viabilizada em sua totalidade como política pública de saúde; como instrumento de quebra de preconceito e estigma”.

Graça Borges

O doutor Li Li Min, a deputada federal Jô Moraes e o deputado estadual Paulo Lamac

sábado, 24 de março de 2012

Somos 50 Milhões no mundo.

Cerca de 50 milhões de pessoas no mundo são portadores de epilepsia, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde. Esta é a condição neurológica grave de maior frequência no mundo, e pelo menos 50% dos casos começam na infância ou adolescência.

Para o presidente da Associação de Portadores de Epilepsia do Estado de Rondônia, Apeeron, Edmilson Zebalos, a desmistificação é a principal iniciativa para a quebra do preconceito. “A epilepsia não é contagiosa, e o que as pessoas com ela precisam, no momento de crise, são ações como deitá-las no chão e virar o rosto de lado, para que não se afogue na própria saliva ou vômito, caso venha a ter, protegendo a cabeça com as pernas, e se possível, o corpo para evitar arranhões, hematomas e queimaduras. Saber o que fazer para ajudar em um momento como este, pode ser de suma importância para quem está passando pela situação, e isso só é possível com a busca pela informação”, explica ele.

Nos próximos dias 26 e 27 de agosto a Apeeron promoverá a “1ª Palestra de Capacitação sobre Epilepsia do Estado de Rondônia”, no auditório da Faculdade FIMCA, das 8h30 às 17h. A realização da Apeeron, Liga Brasileira de Epilepsia, Federação Brasileira de Epilepsia e Ministério Público de Rondônia, também conta com o apoio de vários parceiros, como o DAIA Medicina Diagnóstica, que realiza alguns dos principais exames para detectar a epilepsia.

Através do histórico médico do paciente, relatos de pessoas que acompanharam a crise e exames complementares como o Eletroencefalograma, a Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética, o médico neurologista pode fazer o diagnóstico da epilepsia e recomendar a melhor forma de tratamento para o caso. “No Daia nós temos uma avançada tecnologia em equipamentos, software e profissionais para a realização de exames como estes, de fundamental importância para a melhor análise do paciente. Através dessa precisão, é possível investigar a evolução do tratamento”, explica o médico neurologista, Leonilto de Assis.

O Daia atende de segunda a sexta-feira de 7h às 19h e aos sábados de 7h às 13h, na Avenida Rafael Vaz e Silva, com Rua Dom Pedro II, clientes particulares e conveniados com os planos: Unimed, Ameron, Bradesco Saúde, Sulamérica, Sintero Saúde, Sindsaúde, Astir, Capesaúde, Cassi, Ceron, Eletronorte, Fusex, Embrapa, Conab, Casf, Tempo Saúde, SESC, UESP e Renner, além de convênios de medicina do trabalho com as empresas Termonorte, Hermasa, Distribuidora Coimbra, Santo Antônio Energia, Elpha e Joplin.

O QUE FAZER QUANDO PRESENCIAR UMA CRISE EPILÉTICA:

- Ficar calmo

- Posicionar a pessoa de lado

- Proteger a cabeça da pessoa para não machucar

- Tirar de perto da pessoa tudo que possa machucar ou oferecer risco de ferimentos

- Aguardar a crise parar. Depois explicar à pessoa que ela teve uma crise

- Acalmar os observadores. Se a duração da crise for maior de 5 minutos, chamar a ambulância

O QUE NÃO FAZER QUANDO PRESENCIAR UMA CRISE EPILÉTICA:

- Apavorar

- Colocar objetos na boca

- Restringir os movimentos da pessoa

- Tentar segurar ou desenrolar a língua da pessoa

- Aplicar substâncias no corpo da pessoa

- Dar líquido ou álcool para cheirar

- Dar remédio na boca durante a crise

- Sacudir a pessoa

- Tentar interromper a crise

sexta-feira, 23 de março de 2012

Remédios com desconto aos portadores de Epilepsia.


O grupo Quebra do preconceito

https://www.facebook.com/groups/quebrapreconceitoepilepsia/

Conseguiu a primeira parceria com uma drogaria.

O Nome é DROGARIA DROGANORTE situada no bairro do Riachuelo todos do grupo quebra do preconceito terão um desconto 10% em todos os medicamentos de A a Z.
E nos medicamentos genéricos terão 20%.

End: Rua vinte 24 de maio, 475 - Riachuelo - RJ tel. 2581-1750 - 2581-5898

Linhas de ônibus: centro ou zona sul são elas: 455, 456, 457, 247, 249, 239, 260, 254, 383, 389 saltar em frente ao banco SANTANDER.

Linhas de ônibus: zona norte e oeste são elas: 455, 456, 457, 247, 249, 239, 260, 254, 383, 389, estes ônibus o trajeto é pela Avenida Marechal Rondon - saltar depois do SENAC-RJ
E quem vier de trem saltar na estação do RIACHUELO fica ao lado da estação.

AGRADECEMOS A TODOS DO GRUPO POR MAIS UMA PARCERIA

A Inclusão do aluno com necessidades especiais – Epiléticos.

A Lei Federal n° 7853, de 24 de outubro de 1989, assegura os direitos básicos dos portadores de deficiência. Em seu artigo 8º constitui como crime punível com reclusão (prisão) de 1 a 4 anos e multa, quem: Recusar, suspender, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, porque é portador de deficiência.



A Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1948 relaciona os seguintes direitos que valem para todos, isto é, os chamados direitos humanos ou da cidadania: Destacamos um deles:



Direitos Sociais: direito à alimentação; à moradia; à saúde; à previdência e assistência; à educação; à cultura; e direito à participação nos frutos do progresso científico (Art.25 ao 28). A inclusão social das pessoas com deficiências significa torná-las participantes da vida social, econômica e política, assegurando o respeito aos seus direitos.



Falar da inclusão de deficientes na sala de aula se transformou num assunto corriqueiro em toda unidade escolar, mas implantar sistemas para atender esses alunos é o grande impasse que a educação tenta resolver. Um dos maiores problemas e habilitar e capacitar profissionais que venha orientar e dar assistências a esse novo alunado. Hoje a educação investe em capacitar professores com curso de libras, remaneja, amplia e cria acesso para portadores de deficiência física, incluindo esses deficientes em salas com alunos normais. Mas nem todos os deficientes têm essa facilidade de ser aceito, existindo ainda falta de informação, descaso e ate preconceito em relação a alguns tipos de deficiência, como é o caso do epilético que muitos acham que é uma doença contagiosa, que a saliva (baba), é o veiculo de transmissão e por preconceito, ignorância, acabam por não ajudar portadores de epilepsia quando estão tendo uma crise convulsiva.



A escola tem que estar preparada para receber alunos portadores da epilepsia, assim bem como qualquer outro tipo de deficiência. Ela tem que criar um ambiente em que o aluno portador não se sinta excluído e ao mesmo tempo ele se sinta seguro para poder participar ativamente das aulas e ter um bom desempenho nos estudos.



A unidade escolar se preciso for, deverá modificar sua estrutura e serviços para que esses portadores sejam capazes de interagir naturalmente na escola. Que a escola se transforme e se modifique para tornar viável a convivência entre pessoas, na realização de seus sonhos, de suprir suas necessidades e potencialidades.



Fazer palestra, seminário e encontros para explicar que a epilepsia é uma doença neurológica crônica, podendo ser progressiva na maioria dos casos, principalmente no que se relacionam as alterações cognitivas, freqüência e gravidade dos eventos críticos. É uma doença que muitas vezes é de difícil controle, sendo que algumas pessoas, mesmo tomado os medicamentos, tendem a ter crises constantes, descarga elétrica cerebral desorganizada que se propaga para toda a região do cérebro. Que não é uma doença contagiosa, é uma deficiência nos neurônios, e a saliva é devido os músculos se contraírem e o individuo em crise não conseguir controlar esse mecanismo de ingerir, já é um bom começo.



Atualmente são varias as classes que trabalham para mudar a sociedade, a estrutura dos seus sistemas sociais e defender o processo de inclusão social, tais como educação, trabalho, saúde e lazer etc. Quando isto acontece, podemos falar em educação inclusiva. E no caso do epiletico, ainda sao poucas as informaçoes e pouco divulgada, deixando todo o quadro escolar, as cegas de como lidar e incluir esses tipos de alunos e por falta de conhecimento acaba por se omitir quanto a esse tipo de deficiencia.



Os portadores são geralmente pessoas retraídas, até porque parte da sociedade, sem conhecimento da doença, acaba por discriminá-los, isolá-los e consequentemente essas pessoas tem dificuldade em se relacionar.



A escola ao receber alunos com esse tipo de doença, deve se preparar, pesquisar e conversar com o aluno sobre a importância de comunicar a todos que fazem parte da unidade escolar, seja a direção, funcionários, professores e alunados sobre o que são convulsões, como se apresenta ,como ajudar e mais importante, conscientizá-las de que essa doença não é contagiosa.



Por maior que seja a preparação da unidade escolar para acolher os portadores, em relação a este processo de inclusão, ela precisa esta ciente das leis e programas que acolhem esses deficientes. A elaboração de políticas e leis para a inclusão social levou a criação de vários programas voltados para atender as necessidades de pessoas com algum tipo de deficiência nos últimos 50 anos. Criou-se um mecanismo de adaptação dos deficientes aos sistemas sociais comuns.



Em 20 de Novembro de 1959, passa a vigorar na Ata da Declaração Universal dos Direitos das Crianças – UNICEF,. Citei aqui dois principios que considero principal para assegurar os direitos e inclusao dos deficientes, que diz que toda criança tem Direitos á :



Princípio I – À igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade.



Princípio V – Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente.



A criança física ou mentalmente deficiente ou aquela que sofre de algum impedimento social deve receber o tratamento, a educação e os cuidados especiais que requeira o seu caso particular.



No caso do epilético, informação e conscientização são as bases necessárias para que o portador dessa deficiência sinta-se incluindo e aceito numa unidade escolar. A participação dos pais é muito importante, afinal, eles sabem como lidar melhor com o problema de seus filhos e repassa-los e notificar alguns sintomas que sucedem as crises é muito importante nessa parceria para o bem estar do aluno. Como foi citado acima, existem vários tipos de crises, por isso é bom saber qual o tipo de crise que esse aluno apresenta como: podendo se manifesta como uma alteração comportamental, na qual o individuo fala coisas sem sentido, por movimentos estereotipados de um membro, ou mesmo através de episódios no qual a pessoa parece ficar “fora do ar”, ficando com o olhar parado, fixo e sem contato com o ambiente. A crise do tipo em que o individuo se entorta e se debate, é muito perigosa, pois se não tiver ajuda, ele pode se ferir gravemente. O importante é deixar os alunos, funcionários e professores avisados que em qualquer mudança desse aluno, eles devem se aproximar e se entrar em crise, deita-lo no chão, virar a cabeça para o lado e segura-lo para que ele não se machuque e, podendo levar poucos minutos ou alguns segundos.



Após a crise, a pessoa sente dores musculares, mal-estar, dor de cabeça, dificuldade de concentração e sonolência. Em alguns casos ocorrem fraturas por causa da intensa contração muscular. Caso a crise se estenda, a unidade escolar tem que imediatamente chamar uma unidade de saúde, ou leva-lo ao pronto socorro mais próximo.



A inclusão social é uma questão de políticas públicas, surgindo a necessidade de uma atualização das diversas políticas sociais. Quanto mais sistemas comuns da sociedade adotarem a inclusão mais cedo ocorrera a construção de uma verdadeira sociedade para todos: a sociedade inclusiva.



Ora, se o direito universal à saúde não está associado aos demais e, além disso, é cumprido de modo insuficiente pela sociedade e o Estado, o direito à saúde específica das pessoas com deficiência igualmente será fragilizado ou mesmo negado.



Esses direitos foram, e vêm sendo conquistados, porém para se fazer cumprir, é até vergonhoso citar que muita gente não respeita, discrimina e humilha as pessoas com algum tipo de deficiência. Muitos conhecem as leis sabem, mas a lei nem sempre é cumprida e, na realidade uma parte significativa da população ainda vive à margem da omissao.

O QUE É EPILEPSIA

O que é epilepsia?



Definição



É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem os dois hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos evidentes de epilepsia, não significando que o problema tenha menos importância se a crise for menos aparente.



Sintomas



Em crises de ausência, a pessoa apenas apresenta-se "desligada" por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em seguida. Em crises parciais simples, o paciente experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo. Ele pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente. Se, além disso, perder a consciência, a crise será chamada de parcial complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Tranqüilize-a e leve-a para casa se achar necessário. Em crises tônico-clônicas, o paciente primeiro perde a consciência e cai, ficando com o corpo rígido; depois, as extremidades do corpo tremem e contraem-se. Existem, ainda, vários outros tipos de crises. Quando elas duram mais de 30 minutos sem que a pessoa recupere a consciência, são perigosas, podendo prejudicar as funções cerebrais.



Causas



Muitas vezes, a causa é desconhecida, mas pode ter origem em ferimentos sofridos na cabeça, recentemente ou não. Traumas na hora do parto, abusos de álcool e drogas, tumores e outras doenças neurológicas também facilitam o aparecimento da epilepsia.



Diagnóstico



Exames como eletroencefalograma (EEG) e neuroimagem são ferramentas que auxiliam no diagnóstico. O histórico clínico do paciente, porém, é muito importante, já que exames normais não excluem a possibilidade de a pessoa ser epiléptica. Se o paciente não se lembra das crises, a pessoa que as presencia torna-se uma testemunha útil na investigação do tipo de epilepsia em questão e, conseqüentemente, na busca do tratamento adequado.



Cura



Em geral, se a pessoa passa anos sem ter crises e sem medicação, pode ser considerada curada. O principal, entretanto, é procurar auxílio o quanto antes, a fim de receber o tratamento adequado. Foi-se o tempo que epilepsia era sinônimo de Gardenal, apesar de tal medicação ainda ser utilizada em certos pacientes. As drogas antiepilépticas são eficazes na maioria dos casos, e os efeitos colaterais têm sido diminuídos. Muitas pessoas que têm epilepsia levam vida normal, inclusive destacando-se na sua carreira profissional.



Outros Tratamentos



Existe uma dieta especial, hipercalórica, rica em lipídios, que é utilizada geralmente em crianças e deve ser muito bem orientada por um profissional competente. Em determinados casos, a cirurgia é uma alternativa.



Recomendações



Não ingerir bebidas alcoólicas, não passar noites em claro, ter uma dieta balanceada, evitar uma vida estressada demais.



Crises



Se a crise durar menos de 5 minutos e você souber que a pessoa é epiléptica, não é necessário chamar um médico. Acomode-a, afrouxe suas roupas (gravatas, botões apertados), coloque um travesseiro sob sua cabeça e espere o episódio passar. Mulheres grávidas e diabéticos merecem maiores cuidados. Depois da crise, lembre-se que a pessoa pode ficar confusa: acalme-a ou leve-a para casa.

Ministério da Saúde ressalta importância do diagnóstico e tratamento


O cérebro humano contém aproximadamente 100 bilhões de neurônios que se comunicam e exercem várias funções que geram impulsos elétricos. De repente, ocorre um distúrbio na geração destes impulsos e a atividade elétrica do cérebro fica momentaneamente desorganizada, excessiva e repetida, e isso causa uma crise epilética (também conhecida como crise convulsiva).

A epilepsia é uma doença cerebral que pode ter diversas causas e é caracterizada pela recorrência das crises de convulsão não provocadas. Estima-se que a epilepsia ativa atinja em torno de 0,5% a 1,0% da população mundial, e que cerca de 30% dos pacientes continuem a ter crises, sem sintomas específicos, mesmo fazendo tratamento adequado com medicamentos anticonvulsivantes. A incidência de epilepsia é maior no primeiro ano de vida e volta a aumentar após os 60 anos de idade. A probabilidade geral de ser afetado por epilepsia ao longo da vida é de cerca de 3%.

De acordo com o neurologista do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, Rogério Naylor, algumas coisas podem facilitar o surgimento da doença. “Existem as epilepsias sintomáticas, que são a expressão de que alguma coisa errada está acontecendo no organismo do paciente e podem ser secundárias a um traumatismo craniano, ou ao uso contínuo abusivo de álcool, ou a presença de tumores cerebrais. Também existem as epilepsias idiopáticas, que não tem uma causa determinada”. Mas o doutor Naylor ressalta que o fato de não se chegar a uma conclusão da causa para o desenvolvimento da epilepsia não significa que não exista uma causa para o problema.

É necessário ficar atento aos sinais. Na maior parte das vezes, quando vai acontecer uma crise epilética, inicialmente a pessoa perde os sentidos e sofre abalos no corpo. Quando a crise acontece, a pessoa pode expelir uma secreção da boca e apresentar incontinência urinária. A constatação da epilepsia pode ser feito por meio de exame principalmente nas áreas neurológica e psiquiátrica. A intensidade da doença pode ser definida pela Idade, frequência de ocorrência e intervalos mais curtos e mais longos entre as crises.

A aposentada Eunice Teixeira tem 80 anos e desde criança possui a epilepsia. “Aos dois anos eu tive a primeira crise. Depois, aos 57 anos, eu comecei a ter crises constantes e os médicos tinham medo de me falar qual o problema. Lutei muito para conseguir a medicação controlada”.

Depois de conseguir a medicação, dona Eunice disse que consegue viver bem com a doença e que não tem nenhuma sequela. “Sou uma pessoa totalmente normal. Tomo os comprimidos nas horas certas e consigo fazer tudo o que quero. (…) Moro sozinha, viajo à Europa, com as amigas e não tenho nada”.

Como agir numa crise epilética – Muitas pessoas não sabem como agir quando alguém sofre uma crise epilética. O neurologista Rogério Naylor, explica como agir nesta situação: “em primeiro lugar não deve ser dado nada pela boca do paciente na hora da crise. Basta virar a cabeça de lado, para que a secreção que sai pela boca não vá direto para o pulmão, apoiar os dedos no queixo e esticar a cabeça para trás, a fim de desobstruir as vias aéreas, e não tentar colocar o dedo na garganta para desenrolar a língua. Na maioria das vezes a crise acaba sozinha. Se ela se prolongar mais que o razoável é necessário procurar o serviço médico”.





Atendimento pelo SUS – A pessoa portadora de epilepsia sempre vai ser passível à uma crise da doença. Por isso o objetivo do tratamento é possibilitar uma melhor qualidade de vida para o portador do problema, controlando as crises e diminuindo possíveis conseqüências.

Os remédios usados para tratar pessoas portadoras de epilepsia são os anticonvulsivantes. O risco de recorrência de crises varia de acordo com o tipo de crise e com a síndrome epiléptica do paciente.

No Sistema Único de Saúde (SUS), a assistência ao paciente com doença neurológica está prevista na Portaria GM/MS nº. 1.161, que instituiu a Política Nacional de Atenção ao Portador de Doença Neurológica. Esta Política permite aos Estados e Municípios organizar e desenvolver estratégias de promoção de qualidade de vida, educação, proteção e recuperação da saúde, dentre outros fatores, que perpassam pelos níveis de atenção (atenção básica e especializada).

O SUS também oferece medicamentos para o tratamento da epilepsia. Eles são financiados e comprados pelas Secretarias de Saúde dos Estados. Além de adquirir esses medicamentos nos centros de saúde do SUS, as farmácias populares oferecem o medicamento Carbidopa Levodopa.

Todos esses medicamentos estão enquadrados no Componente Especializado. São popularmente conhecidos como medicamentos “de alto custo”. Para a solicitação desses medicamentos, o paciente ou seu responsável deve cadastrar os seguintes documentos em estabelecimentos de saúde vinculados às unidades públicas designados pelos gestores estaduais.

a) Cópia do Cartão Nacional de Saúde (CNS);
b) Cópia de documento de identidade;
c) Laudo médico para solicitação, avaliação e autorização de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, adequadamente preenchido;
d) Prescrição Médica devidamente preenchida;
e) Documentos exigidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados na versão final, conforme a doença e o medicamento solicitado.
f) Cópia do comprovante de residência.

Esta solicitação deve ser tecnicamente avaliada por um profissional da área da saúde designado pelo gestor estadual e, quando adequada, o procedimento deve ser autorizado para posterior dispensação.

O cadastro do paciente, avaliação, autorização, dispensação e a renovação da continuidade do tratamento são etapas de execução do componente especializado da assistência farmacêutica a logística operacional destas etapas é responsabilidade dos gestores estaduais.


- Remédios distribuídos


Epilepsia

Clobazam 10 mg (por comprimido) 2
Clobazam 20 mg (por comprimido) 2
Etossuximida 50 mg/ml (frasco de 120ml) 2
Gabapentina 300 mg (por cápsula) 2
Gabapentina 400 mg (por cápsula) 2
Lamotrigina 25 mg (por comprimido) 2
Lamotrigina 50 mg (por comprimido) 2
Lamotrigina 100 mg (por comprimido) 2
Primidona 100 mg (por comprimido) 2
Primidona 250 mg (por comprimido) 2
Topiramato 100 mg (por comprimido) 2
Topiramato 25 mg (por comprimido) 2
Topiramato 50 mg (por comprimido) 2
Vigabatrina 500 mg (por comprimido) 2

História da Epilepsia


A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais prevalentes.

Ainda assim, o conhecimento sobre ela é limitado, tanto entre as pessoas que apadecem como na população em geral. Esta surpreendente ignorância surge principalmente de uma mistura de medo e prejuízos. Para conseguir que toda a sociedade este bem informada, o principal é ensinar onde começou a má informação, dos medos e prejuízos.

Que sirva esta página como homenagem a todos os afectados, que morreram no passado sem entender de por que foram MARJINADOS.

A palavra epilepsia provem da palavra grega epilepsia,que significa ser agarrado, atacado, ou não ter saída.

A primeira menção conhecida da epilepsia provem de arredor do ano 500 a 700 a.C. Certas lápidas de pedra achadas na Babilónia contem observações detalhadas da epilepsia, dos tipos de crises epilépticas, factores desencadeantes, sintomas pos- ictáis etc. De uma colecção de 40 lapidas de pedra que descrevem todas as doenças conhecidas nesse momento, 4 ou 5 tratam exclusivamente da epilepsia.

Os antigos gregos consideravam a epilepsia como um fenómeno sobrenatural, a doença divina. Para a sua forma de pensamento, só um Deus podia derrubar as pessoas ao chão, privar dos seus sentidos, produzir-lhes convulsões e devolver-lhes de novo a vida, aparentemente muito pouco afectados pelo acontecimento. HIPOCRATES, MÉDICO GREGO E PAI DA MEDICINA, que viveu arredor do ano 450 a. C. escreveu um livro sobre a epilepsia que foi revolucionario para o seu tempo e que levava por titulo SOBRE ADENOMINADA DOENÇA SACRA neste livro tentou então explicar ás pessoas do seu tempo a essência da epilepsia.Comparava os feitos com as especulações, as observações objectivas com as surperstições, os conselhos razoaveis com o coranderismo inútil, acusando sabiamente as terapias alternativas de ignorantes.

(…) A meu ver, aqueles que por primeira vês fizeram sagrada esta afeição eram iguais aos actuais magos e purificadores, vagabundos, impostores e charlatões; estes pretendem ser de vehemente piedade e saber mais, utilizando o divino para ocultar a sua impotencia e para que não fique em evidencia que nada sabiam estimaram sagrada esta afeição.

Com as palavrarias e maquinações fingem saber algo soperior e enbaucam ás pessoas, recomendando purificações e expiações, e o grosso das suas charlas é invocar o divino e o demoníaco. (...)

HIPOCRATES

Escreveu que a epilepsia não era um segredo nem tam pouco um achado: a causa da dolência se encontrava no cérebro, tratava-se de uma doença como outra qualquer sendo detectada a tempo se poderia curar. «epilepsia benigna da infância»

Haveriam de passar 2.400 anos até que a ciência moderna confirmava muitas afirmações deste genial pai da Medicina.

Remontando á antiga Roma, nos encontramos com os comícios, assembleias de parlamentários romanos onde se decidia entre todos o presente e futuro do seu vasto Império, muitos de estes parlamentários, sofriam crises de epilepsia,quando algum parlamentário sofria qualquer tipo de crise era costume suspender o comício (comitia), pois era necessário de imediato a purificação que impediria o contagio até que se recupera-se, já que o seu voto era indispensável para qualquer decisão do governo, de aqui provem o termino de CRISE COMICIAL. Mas isto não era nenhuma desonra para eles pois um dos seus mais celebres Césares padecia desta doença JULIO CÉSAR

CAIU JULIO CÉSAR

QUINTO SERENO considerou a pessoa com epilepsia, como um paciente endemoniado tabu, intocável. Pois quem o tentasse tocar, podia ser possuído pelo maligno e contrair a doença. Esta concepção mágica, fez contributo á ideia de que a vida da pessoa com epilepsia, era miserável e estava marcada por um estigma social, tanto igual como foi outra doença sagrada: A LEPRA . Durante centenas de anos, a epilepsia seria a doença diabólica por excelência e a pessoa com epilepsia seria um paciente maldito acediado pela incompreensão, o desperdiço e com frequência , a ira dos seus progenitores, sendo uma desonra para toda a família.

Duram-te 2000 anos surgirão três teorias sobre a causa da epilepsia em diferentes épocas. Uma teoria sustentava que as pessoas com epilepsia estavam possuídas pelos espíritos ou demónios. Este ponto de vista esteve vigente na época de Cristo ( livro de Marcos, capitulo9,vercicolo17 a 27). Jesus eliminou os espíritos diabólicos de um homem que havia padecido ataques desde a infância, a bíblia mostra-nos um dos primeiros exorcismos e a Jesus como um dos primeiros exorcistas cristãos.

Como medida de protecção era normal cuspir ás pessoas que padeciam da doença, para espantar os espíritos diabólicos. Como sucedia com muitas outras doenças, as pessoas acreditavam que este mal estava controlado por corpos celestes e, no caso da epilepsia, pela LUA. Pensava-se que era provável que os ataques tivessem lugar em época de lua cheia, de aí o nome de a doença lunar e aos doentes de LUNATICOS.

IDADE MEDIA

Já na idade media agudizasse muito mais o temor ás pessoas pacientes de epilepsia, e é potenciada ate aos nossos dias a margínação, das pessoas com epilepsia e a toda família.Constantino o Africano, a figura mais destacada da escola de SALERMO, Ideou uma fórmula para identificar dois tipos de epilepsia, uma de origem natural e outra de origem sobre natural. Ele situava-se no ouvido do doente, e ordenava ao demónio para se apartar. Se fosse LUNATICO OU DEMNIATICO, o doente sofria durante 1 hora um desvanecimento como se estivesse morto, «STATUS EPILEPTICO NÃO CONVULCIVO». Depois poderia responder a tudo que lhe fosse perguntado. Se depois de formular a ordem o doente não caía, «crises simples»,tratava-se de epilepsia. (omnia opera).

A epilepsia recebe nomes como gutta, gota caduca, fallingevil, doença negra, doença de são lupo (morbus St. Lupi), doença de são JoãoBatista, e doença de são Valentim, padroeiro dos epilépticos junto a são vito.

A expansão do cristianismo propiciou relíquias e devoções milagrosas para esta doença. Foram feitas peregrinações a lugares sagrados, como ao priorato de são Valentim, na Alsácia, onde a finais do século xv foi construído um hospital para epilépticos. Em Roma levantou-se o Mosteiro de santa Babiána. Os padres da igreja suplantavam cada vês mais aos médicos na teorização sobre aepilepsia.

Por muito grande que fosse a luta dos médicos discípulos de Hipócrates, durante 1000 anos os doentes epilépticos e mentais, foram considerados possuídos pelo diabo, para os quais os médicos nada podiam fazer, só os feitiços dos bruxos, curandeiros, e os exorcismos dos inquisidores podiam influir nesta doença demoníaca e eles ampliaram a seu desejo e conveniência a literatura sobre o tema e ocuparam a vaga expulsáda da ciência. Uma guerra desigual de religião entre um culto eclesiástico burocrático e aliado com o poder politico, e outro individual próximo á magia arrasará a Europa como a PESTE na baixa IDADE MEDIA. «A CAÇA ÁS BRUXAS»;

Naqueles anos marcados por guerras e brumas, as pessoas com epilepsia serão de novo vitimas do FANATISMO. A idade media finalizará com uma dança macabra (cruzada dos meninos, 1212),alucinados por (bella dona), rebeldes bruxos, histéricos, epilépticos sobreviventes da fogueira dançaram juntos aos iluminados, perseguidores, enfeitiçados e inquisidores ( a inquisição foi criada no século xlll). Atualmen-te ainda sofremos as consequências de tanta ignorância.

JOHN HUGHLINGS JCKSON ( 1835-1911)

Foi um dos mais famosos Epileptologistas « neurologistas especialistas em epilepsia ». Deu um grande passo na investigação desta patologia. Durante 40anos investigando no nature (NATIONAL HOSPITAL FOR THERELIEF AND CURE OF THE PARALYSED EPILEPTIES), onde dispunha de uma públação bastante avultada de doentes com epilepsia. Denomina a epilepsia e as convulsões como fenómenos clínicos resultantes da hiper excitabilidade dos neurónios dos hemisférios cerebrais. Em 1857 na Alemanha foi descuberto por casualidade o primeiro medicamento eficaz contra a epilepsia: o BROMO ou BROMURO, (ceioque em Portugal se chama CANFRIA).

Mas lamentavelmente apareceu uma nova Santa inquisição. Durante o terceiro Reich, na Alemanha foi interrompida toda a investigação no campo da epilepsia.

O grande génio inventor do ELETROENCEFALOGRAMA, HANS BERGER, não foi naquele tempo tomado em sério e não obteve a consideração que merecia. Se Inventou solucionar o problema da epilepsia medidas inumanas, chamadas eugenésias. Que incluso chegarão a ter força de LEI. Em consequência de tal, muitos doentes de epilepsia que apresentavam uma deficiência importante foram assassinados aos milhares junto com outros deficientes, bem envenenados, metidos em câmaras de gáz ou ingéctando-lhes uma sobestancia LETAL no coração.

Ate á menos de 60 anos havia nos Estados Unidos medidas marginais contra as pessoas com epilepsia, estavam proibidos de, terem relações sexuais, frequentar locais públicos, como cinemas e teatros, tão bem lhes foi negado o voto ETC.

A historia demonstra que algumas pessoas com epilepsia superaram as demais em inteligência, capacidade e genialidade, apesar de que a epilepsia antes era uma doença que não tinha tratamento.

Homens de estado de grande relevo, como Alexandro Magno, Júlio César,Napoleão Bonaparte, o ZAR Pedro o Grande e Lenine sofriam crises epilépticas.

Os escritores Lord Byron, Gustave Flaubert, Guy Maupassant e Fiodor Dostelevski, os músicos Hector Berlioz eNiccoló Paganini, e o filósofo Sócrates, os ciêntistas Hermann Helmholtz,Alfred Nobel, Newton incluso Albert Einstein sofriam convulções, assim como o pintor Vicent Vem Gogh, religiosos como Santa Teresa de Jesus, Juana de Arco,Sam Pablo o Mahoma som alguns poucos de uma lista de pesonalidades destacadas na historia que apsar da epilepsia obtiveram logros fora do comum e esses fantasticos EPILÉPTICOS ESCREVERAM PARTE DA NOSSA HISTÓRIA.

BIBLIOGRAFIA:

ESTEBAN GARCIA-ALBEAL. HISTORIA DA EPILEPSIA.1999

ANSGAR MTTHES. ROLF KRUSE. O DOENTE DE EPILEPSIA 1998

LENNART GRAN. MORGENS DAM. EPILEPSIA 1995

Amadeu Rafael